Todos os anos, muitas famílias ao redor do mundo preparam suas casas para o Natal. Além da tradicional árvore com bolas coloridas, um outro enfeite que não pode faltar é o presépio. Esse lindo artigo, que simboliza o nascimento de Jesus, foi criado por Francisco de Assis há muitos séculos. Mas, no caso dele, era um presépio vivo!
Extraímos o trecho que narra essa história do livro “Francisco, o herói da simplicidade” – da editora Omnisciência. Olha só que inspirador…
Um presépio vivo – do livro “Francisco, o herói da simplicidade”
“Francisco costumava andar muito, de cidade em cidade, por toda a Itália, oferecendo-se como um instrumento de paz entre todos os seres. Procurava levar a união onde havia a discórdia, ensinar o perdão onde sentia a ofensa, a alegria onde reinava a tristeza, a esperança onde só havia desespero e a luz onde as trevas haviam tomado conta. Em um determinado inverno, Francisco estava em uma cidade perto de Assis, durante a época em que se comemora o Natal, o nascimento de Cristo. Sentiu que poderia realizar uma celebração especial, e teve a ideia de encenar o nascimento de Jesus como havia acontecido. Pediu ajuda para um amigo seu, morador daquela cidade, que lhe arrumou uma manjedoura, um boi e um burrinho. Francisco queria fazer a encenação de como Jesus havia nascido, em uma caverna que ficava no alto da montanha ao lado da cidade. A notícia deste evento se espalhou por toda parte, e na noite de Natal, vieram camponeses de muitas aldeias e cidades da região.
Todos levavam tochas e cantavam músicas para comemorar o nascimento de Jesus Cristo. Francisco, que já estava na gruta com seu amigo João, com o boi e o burrinho, assistia emocionado à subida daquelas pessoas simples que demonstravam tanta fé e devoção. A montanha ficou repleta de camponeses, carregando tochas acesas, em um canto fervoroso que se espalhou por todos os vales da região. Quando Francisco começou a falar, todos ficaram em silêncio. Sua fala era tão doce e suave que parecia o próprio Jesus. Suas palavras surgiam espontaneamente, pois Irmão Francisco vivia sintonizado com o Senhor do Universo.
De repente, uma luz muito forte entrou pela caverna e desceu sobre o berço preparado na manjedoura. Dessa luz, surgiu o menino Jesus de verdade. Inebriado de tanta alegria, Francisco de Assis levantou a criança nos braços para mostrar a todos aquele divino milagre que comprovava a existência de uma força muito maior guiando o Universo. Até mesmo o boi e o burrinho pareciam compreender o que estava acontecendo e assistiam a tudo em profundo silêncio e reverência. Com muito cuidado, Irmão Francisco colocou novamente a criança em seu berço. A luz e a criança desapareceram, restando apenas a magia do divino espetáculo. A montanha inteira ardia com o calor das tochas e dos corações dos homens que, junto com aquele santo homem, puderam presenciar, ao vivo, como havia sido o nascimento de Jesus. Francisco de Assis terminou a encenação, dizendo: – Queridos irmãos, hoje assistimos a um milagre de amor. Desejo que vocês espalhem esse amor a todos, e também aos nossos irmãos animais que recepcionaram Jesus em sua chegada à Terra e souberam compartilhar seu calor e sua casa com ele. Terminada a cerimônia, todos foram embora e Irmão Francisco ficou sozinho, entre o boi e o burrinho, acariciando-os, conversando com eles na linguagem de seu coração. E lá ficaram os três, admirando o raiar de um novo dia, como se estivessem dividindo um segredo entre amigos. Irmão Francisco foi a primeira pessoa que teve a ideia de encenar o nascimento de Jesus. E esta história deu origem ao presépio com que hoje enfeitamos nossas casas para o Natal.”
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“Francisco, o herói da simplicidade”, o livro: https://www.omnisciencia.com.br/francisco-o-heroi-da-simplicidade