Glossário Livros Yogananda
Dharma. Eternos princípios de justiça que sustentam toda a criação; dever inerente do homem de viver em harmonia com esses princípios.
Sanatan Dharma. Literalmente, “religião eterna”. O nome dado ao conjunto de ensinamentos védicos que veio a chamar-se Hinduísmo, depois que os gregos denominaram o povo que habitava às margens do rio Indo de indus ou hindus. Ver dharma.
“Dharma, portanto, é a lei cósmica que governa o mecanismo do universo; e depois de realizar os yoga-dharma (deveres religiosos) primordiais que unem a Deus, o homem deve desempenhar, em caráter secundário, seus deveres para com as leis cósmicas da natureza. Como criatura que respira o ar, ele não deve se afogar loucamente pulando na água e tentando respirar ali; ele deve observar uma conduta racional em todos os aspectos, obedecendo às leis naturais da vida num ambiente em que ar, luz solar e alimento adequado sejam abundantes.
O homem deve praticar o dharma virtuoso porque, pela obediência aos deveres corretos, ele pode se libertar da lei de causa e efeito que governa todas as ações. Ele deve evitar a irreligião (adharma), que o afasta de Deus, e seguir a religião (Sanatana Dharma), pela qual ele O encontra. O homem deve observar os deveres religiosos (yoga-dharma) que lhe são prescritos pelas escrituras verdadeiras do mundo.
Códigos para todos os aspectos da conduta humana, como os oferecidos nas leis de Manu,38 também são considerados dharmas ou deveres para a orientação do homem. Aplicado às quatro castas naturais, o termo dharma refere-se aos deveres inerentes a cada uma delas. Por exemplo, como explicado em versículos anteriores, o dever do sudra ou indivíduo sujeito ao corpo é ser fisicamente ativo; o dever do brâmane é pensar em Deus.
A palavra dharma também expressa a natureza dos seres dotados de vitalidade – seres humanos, animais e outras criaturas. Um homem deve agir como homem, e um animal como animal (não obstante poder um homem mudar seu dharma tornando-se animalesco, e um animal poder ser treinado para comportar-se em certos sentidos como um ser humano).
A natureza dos elementos (ígneos, gasosos, etéreos, líquidos e sólidos) também é chamada dharma. Por exemplo, a natureza da eletricidade (ígnea) é dar luz e energia. O Senhor Krishna aconselha Arjuna a erguer-se acima de toda consciência das dualidades da natureza – de virtude e pecado, com seus dharmas ou deveres menores que mantêm a alma presa à matéria. Ele busca fazer Arjuna livrar-se de sua falta de vontade para combater os sentidos e a natureza humana física, exortando-o a deixar de lado todos os pertinentes dharmas menores (que alimentam os sentidos) de modo que possa estar livre para desempenhar o dharma supremo de encontrar Deus (libertando as faculdades discernidoras da servidão sensorial).”
Fazer o que é correto
“Do momento da concepção até o último suspiro, o homem tem de travar, em cada encarnação, batalhas inumeráveis – biológicas, hereditárias, bacteriológicas, fisiológicas, climáticas, sociais, éticas, políticas, sociológicas, psicológicas, metafísicas –, uma variedade enorme de conflitos interiores e exteriores. As forças do bem e do mal competem pela vitória em todos os encontros. Toda a intenção do Gita é alinhar os esforços do homem com o dharma, ou o que é correto.”
Adesão à justiça natural que poupará o ser humano do sofrimento
“Durante um longo lapso de tempo, a alma continua identificada com o corpo e se esquece de sua união com o Espírito. A alma abandona então o palácio espacial cósmico superior da Onipresença para descer pela escada obscurecedora das limitações e começa a perambular pelas baixas planícies do materialismo; o “vício” (adharma) prevalece.
Segue-se que todos os filhos pródigos, em busca da ascensão ao refazer seu caminho passo a passo de volta ao Espírito, precisa sintonizar-se com os imperativos íntimos do Espírito – encarnado em sua alma – e, por meio da meditação iogue adequada, deixar para trás a identificação com os hábitos materiais e com o gozo dos sentidos (Rajarishis), a percepção intuitiva da vida e da consciência astrais (Ikshvaku), a soma total da consciência humana individualizada (Manu) e a Luz Cósmica (Vivasvat). Quando alcança o Espírito, a alma “solta” um longo suspiro de jubiloso alívio: a perfeita “virtude” (dharma) foi restabelecida!”
O caminho de volta ao Espírito
“Durante um longo lapso de tempo, a alma continua identificada com o corpo e se esquece de sua união com o Espírito. A alma abandona então o palácio espacial cósmico superior da Onipresença para descer pela escada obscurecedora das limitações e começa a perambular pelas baixas planícies do materialismo; o “vício” (adharma) prevalece.
Segue-se que todos os filhos pródigos, em busca da ascensão ao refazer seu caminho passo a passo de volta ao Espírito, precisa sintonizar-se com os imperativos íntimos do Espírito – encarnado em sua alma – e, por meio da meditação iogue adequada, deixar para trás a identificação com os hábitos materiais e com o gozo dos sentidos (Rajarishis), a percepção intuitiva da vida e da consciência astrais (Ikshvaku), a soma total da consciência humana individualizada (Manu) e a Luz Cósmica (Vivasvat). Quando alcança o Espírito, a alma “solta” um longo suspiro de jubiloso alívio: a perfeita “virtude” (dharma) foi restabelecida!”
Afirmação de Yogananda
Sente confortavelmente, com a coluna ereta e os ombros relaxados. Inspire profundamente, retese todo o corpo e solte o ar em dupla expiração liberando a tensão. Faça isso por três vezes.
Depois, com os olhos fechados e olhar voltado ao ponto entre as sobrancelhas, sede da consciência crística, repita a afirmação abaixo. Primeiro, em voz alta; na sequência, como um sussurro e, posteriormente, apenas na mente – até que a tenha internalizado.
“Pai Celestial, eu raciocinarei, eu quererei, eu agirei, mas guia Tu minha razão, minha vontade e minha atividade, para a coisa certa que eu deva fazer.”
Confira a íntegra da LIVE “Você sabe o que é Dharma?”, com trechos dos livros de Paramahansa Yogananda
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