Alguns seres humanos se destacam pelas obras humanitárias que realizam com recursos mínimos.  Ao longo da história, muitos homens e mulheres de renúncia agiram em prol da paz e da fraternidade no mundo. Destemidos e focados em suas missões, permaneceram firmes nos propósitos, apesar das dificuldades, e o eco de seus feitos ultrapassa o tempo – reverberando no coração das pessoas.

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Madre Teresa de Calcutá foi um dos maiores exemplos que a história da Humanidade já teve. Ao atentar à sua foto pode-se perceber um olhar inspirador de infinita bondade. Miúda, magrinha, com uma alma grandiosa: fortaleza para os necessitados.

Desde pequena, tinha um sonho de viajar a países distantes para divulgar as mensagens de amor fraterno de seu mestre Jesus. Até que um dia, lá estava ela, na Índia, confortavelmente em um convento, assistindo à fome daquele povo – tão sofrido – pela janela. Sensibilizada com o que via, Teresa recorreu ao seu mestre para saber o que poderia fazer por essa situação. Durante uma viagem de trem, em profunda comunhão, ouviu: “Teresa, vá servir os mais pobres dentre os pobres, os mais desesperados, aqueles que perderam até a esperança de viver.”

Essa passagem foi fundamental para direcioná-la ao caminho que trilharia até o fim de sua vida. Logo depois desse episódio, deixou o convento, com 5 rúpias, e seguiu até o bairro mais humilde de Calcutá. No caminho, distribuiu as moedas aos pedintes e, entre eles, havia um padre que angariava recursos para um jornal. Ela deu o que tinha a ele e, ao final desse dia, este mesmo padre lhe entregou um envelope com dinheiro suficiente para que ela desse início às atividades. Um homem rico ficou sabendo  de sua empreitada e quis ajudar.

Madre Teresa de Calcutá – a Heroína da Bondade

arte3bxNo começo, uma árvore serviu de abrigo para acolher as crianças mais simples e, com um galho, Teresa desenhava na areia as letras do alfabeto – novidade para a meninada. Curiosas, mais e mais crianças foram se aproximando e ela, além das palavras, ensinava a cuidarem de si, a higienizarem-se e gerava algazarra ao distribuir sabonetes, artigo de luxo naquele país miserável.  Seu trabalho foi crescendo e muitas jovens vieram de todo canto para ajudá-la.

Quando fundou o Lar do Coração Puro, no terreno do templo hindu da Deusa Kali, sofreu uma série de retaliações. O espaço era usado para o pernoite de visitantes e – pelo fato dela ser cristã – eles não aceitavam a ideia do governo ter concedido a casa para a “conversão de pessoas ao Cristianismo”. A situação teve fim quando o líder do templo, convidado por Teresa, visitou o local e a viu retirando, com uma pinça, os vermes de um homem que estava morrendo. Ela dizia: “Vamos rezar. Você na sua religião e eu na minha. Juntos, vamos fazer uma prece que será algo belo para Deus.” O visitante saiu de lá dizendo a todos: “essa mulher é uma santa!”

Teresa fundou as “Missionárias da Caridade”, que têm como missão: servir os mais pobres da sociedade, viver com o mínimo necessário e orar sempre. Essa filosofia atravessou oceanos e deu origem a novos abrigos fundados com amor para acolher os mais necessitados de diferentes regiões do planeta.

Certa vez, uma mulher rica a procurou buscando um conselho. Tinha muito dinheiro e queria ajudá-la de alguma forma, mas não sabia como. Teresa lhe disse: “Da próxima vez que for adquirir um sari (vestimenta indiana), compre um pela metade do preço e, a outra metade, doe para nós.” A madre conhecia a alma humana e, com sua sensibilidade, sabia o que cada um conseguia oferecer. Renúncia, amor e bondade lhe eram características fortes e, não por acaso, ela ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1979.

Muito embora não esteja mais – fisicamente – entre nós,  como toda grande figura que enfeita o mundo com a sua presença divina, ela permanece viva no coração daqueles que anseiam e lutam por um mundo mais justo, rico em afeto e bondade. Por isso a sua história, inspiradora, tem de ser propagada aos quatro cantos. Perpetuá-la é manter acesa a esperança no ser humano e num mundo futuro mais feliz, onde o amor seja tão natural quanto respirar.

Veja como foi o evento de lançamento do livro:

 

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