Adaptação das perguntas sugeridas pelo Brother Premamoy, que foi monge da ordem monástica da Self-Realization Fellowship até 1990.
Eu pratiquei os exercícios de energização, Hong-Sau, Técnica de Om e Kriya Yoga, tanto de manhã quanto à noite?
Quem venceu a batalha hoje?
Eu meditei?
Como passei meu tempo livre? Construtivamente?
Como passei meu tempo de lazer? Harmoniosamente?
Estive pacífico?
Positivo?
Fui bom para comigo e para com os outros?
Fiquei mal humorado?
Bravo?
Crítico em excesso?
Eu pratiquei a presença de Deus?
Quanta conversa ou fofoca inútil?
Quanto de pensamento inútil, que em nada contribui para o meu autoconhecimento?
Transmutei pensamentos impuros?
Eu comi demais hoje?
Que mau hábito está me incomodando mais?
Que bom hábito estou tentando desenvolver?
Cheguei a tempo para aulas, serviços, trabalho, meditação e todas as outras atividades?
Estou sentindo um amor mais profundo por Deus?
Estou sentindo uma maior sintonia com os mestres da humanidade e seus modos de vida?
Estou sentindo maior bondade e compreensão por todos?
Há algum ponto que eu deva discutir com meu conselheiro?
Eu fui paciente?
Eu pratiquei o autocontrole?
Eu fui sincero em palavras e ações?
Sobre o Brother Premamoy
Brother Premamoy foi monge da ordem monástica da Self-Realization Fellowship por mais de 35 anos. Durante muitos anos e até seu falecimento em 1990, ele cuidou do treinamento espiritual dos monges mais jovens. A seguinte história foi contada por ele a um grupo de monges.
Ele nasceu na Eslovênia. Pertencia a uma família aristrocrática – com parentes na realeza e em outras famílias influentes do país – mas teve que partir para o exílio quando o partido comunista subiu ao poder no fim da Segunda Guerra Mundial. Em 1950, o Departamento de Assuntos Exteriores dos Estados Unidos ofereceu-lhe a oportunidade de entrar no país como imigrante.
No outono do mesmo ano, pouco antes de embarcar para Nova York, uma velha amiga da família – Evelina Glanzmann – lhe deu um presente de despedida. Pelo formato do pacote, ele pensou que fosse uma caixa de bombons. No navio, abriu o presente para dividi-lo com os companheiros de viagem, mas qual não foi sua supresa ao encontrar um livro, a Autobiografia de um Iogue.
Ele ficou muito emocionado com o presente, mas nem por isso sentiu vontade de lê-lo. Em pequeno tinha sido um leitor insaciável, mas isso já não acontecia mais. (Mais tarde ele disse que tinha lido a maioria dos livros antes dos 15 anos.) Por outro lado, a filosofia oriental não lhe era totalmente desconhecida: na adolescência havia apreciado a leitura do Bhagavad Gita e tinha memorizado praticamente o livro todo. Por isso, ao ver o assunto da Autobiografia de um Iogue, sua primeira reação foi: “Não vou ler… não quero me prender!”
Depois de se instalar nos Estados Unidos, ele entrou para o mundo dos negócios e logo recebeu uma oferta para o cargo de secretário pessoal do secretário geral das Nações Unidas, Dag Hammarskjöld (ele renunciou ao cargo antes de ir para a Califórnia).
Os meses passavam e a Autobiografia de um Iogue continuava fechada na estante de sua casa em Nova York. Mas a sra. Glanzmann, que traduziu a obra para o italiano, perguntou-lhe várias vezes sua opinião sobre o livro. Ainda assim, ele não se animava a ler. Até que um dia ela lhe escreveu: “Diga que gosta ou que não gosta, mas diga alguma coisa!” Por acaso era 6 de março, dia de seu aniversário e ele estava refletindo sobre o que fazer da vida. Com ar pensativo, pegou o livro e começou a dar uma olhada.
Entusiasmado, leu tudo de uma só vez. Compreendeu que o autor, Paramahansa Yogananda, tinha uma percepção espiritual muito superior a qualquer outra pessoa que já havia conhecido e decidiu escrever-lhe.
A última coisa que podia imaginar quando colocou a carta no correio era que o Guru estava no penúltimo dia de sua vida na Terra. Só soube disso algum tempo depois, quando recebeu a resposta de Sri Daya Mata.
Os meses passaram, mas nem o livro, nem seu autor, saíam de seu pensamento. Quando o verão chegou, ele decidiu ir a Los Angeles para conhecer melhor os ensinamentos de Paramahansaji. Quando entrou nos jardins da Sede Central da Self-Realization Fellowship, um desconhecido de aparência jovial e com um sorriso radiante o abraçou afetuosamente, como se ele fosse um amigo há muito esperado e que agora era calorosamente recebido. Não falaram uma só palavra. Mais tarde, quando ele foi apresentado a seu novo “velho amigo”, soube que era Rajarsi Janakanansa, o então presidente da Self-Realization Fellowship!
Foi assim que o livro que Paramahansaji denominou seu “mensageiro” mais uma vez excerceu um efeito mágico, pois a partir daquele momento estabeleceu-se claramente o curso que seguiria a vida de Brother Premamoy.
“Pai Celestial, dá-nos a força para realizar todas as boas resoluções no Ano Novo. Que nossas ações possam sempre Te agradar. Nossos espíritos estão dispostos. Ajuda-nos a materializar os desejos dignos no Ano Novo. Nós raciocinaremos, quereremos e agiremos; mas guia Tu nossa razão, vontade e atividade para as coisas certas que devemos fazer. Om. Paz. Amém.”
Paramahansa Yogananda