Definição – Glossário Livros Yogananda
A lei do karma, que promove o equilíbrio, conforme exposta nas escrituras hindus, é a lei de ação e reação, causa e efeito, semeadura e colheita. No curso da justiça natural, cada ser humano, por meio de seus pensamentos e ações, torna-se artífice de seu próprio destino. Quaisquer que sejam as energias que ele próprio, sensata ou insensatamente, coloque em movimento, elas devem voltar para ele, que é o ponto de origem, como um círculo que, inexoravelmente, se fecha sobre si. “O mundo se parece a uma equação matemática: por mais que se verifiquem transposições de termos, ela se equilibra a si mesma. Todo segredo é dito, todo crime é punido, toda virtude é recompensada, todo mal é reparado – em silêncio e certeza” (Emerson, em Compensation). O entendimento do karma como lei da justiça serve para libertar a mente humana do ressentimento contra Deus e contra o homem.
Assim Falava Paramahansa Yogananda
*Histórias do mestre com seus discípulos e admiradores
Como pode um santo assumir o mau karma de outras pessoas? – perguntou um estudante. O Mestre respondeu:
– Ao perceber que um homem está prestes a golpear outro, você pode colocar-se na frente da futura vítima e receber o golpe. Isso é o que faz um grande mestre. Ele percebe o momento em que os efeitos adversos do mau karma passado estão prestes a incidir sobre as vidas de seus devotos. Se lhe parece oportuno, ele emprega um determinado método metafísico por meio do qual transfere para si próprio as consequências dos erros de seus discípulos. A lei de causa e efeito funciona de maneira mecânica ou matemática; os iogues sabem como ligar e desligar suas correntes.
Conscientes de Deus como Ser Eterno e Energia Vital Inesgotável, os santos são capazes de sobreviver a golpes que causariam a morte de um homem comum. A mente dos santos não é afetada pela doença física nem por reveses mundanos.
Um homem lamentava-se de que as coisas estavam indo mal para ele.
– Deve ser meu karma – disse ele. – Parece que não posso ser bem-sucedido em coisa alguma.
Yogananda: Então, você deve fazer um esforço maior – replicou o Mestre. – Esqueça o passado e confie mais em Deus. Nosso destino não está predestinado por Ele; tampouco é o karma o único fator determinante, embora nossas vidas sejam influenciadas por nossos pensamentos e ações do passado. Se você não está satisfeito com o rumo que sua vida está tomando, modifique-o. Não me agrada ouvir as pessoas suspirando e atribuindo os fracassos do presente a erros de vidas passadas; isso é preguiça espiritual. Ponha mãos à obra e arranque as ervas daninhas do jardim de sua vida.
As influências na liberdade de ação do ser humano
Bem, além do karma passado, quais são as influências em sua vida presente? A civilização mundial é uma delas. Em qualquer era que o ser humano nasça, ele é influenciado pela civilização daquele período. Quem nasceu no século 8 foi influenciado por aquela época. Vocês, por exemplo, estão todos vestidos de acordo com a civilização atual. Têm mais escolha de tecidos do que as pessoas dos séculos passados. Pensam mais em termos de conforto e estilo do que só em abrigo e necessidade. Da mesma forma, todos se alimentam de acordo com a civilização atual. Por exemplo: no século 6 não se falava em vitaminas. Então a consciência, o comportamento e as ações de vocês agora são influenciados pela sociedade atual.
Uma segunda influência forte no ser humano é a nacionalidade. A alma se identifica com o corpo e diz “sou americano” ou “sou hindu” etc. Não é fácil se abstrair dessa influência, dessa identificação. Mas por que você acreditaria ser americano, indiano ou francês? E por que eu antes pensava que era hindu? Olhe: eu costumava pensar assim; mas estou unido a toda a humanidade. Treinei a mim mesmo deste modo – a não ter preconceito de nacionalidade, raça ou qualquer outra coisa que limite a universalidade da alma. Estou lhe dizendo sutilmente que você também pode vencer o karma: permaneça sempre universal nas atitudes e hábitos que tem na vida. Assim será livre.
“Se queres te libertar da reencarnação, cultiva repulsa pelos prazeres dos sentidos, como a que terias por veneno recoberto de açúcar; e apega-te dedicadamente a atos de perdão, à piedade, ao contentamento, ao amor à verdade e a Deus, como te apegarias a beber puro néctar!”
Lahiri Mahasaya, citando o grande rishi Ashtavakra
Trechos dos livros:
JORNADA PARA A AUTORREALIZAÇÃO: https://bit.ly/3nVTr0B
DEUS FALA COM ARJUNA – O BHAGAVAD GITA: https://bit.ly/3sDV7PQ
ASSIM FALAVA PARAMAHANSA YOGANANDA: https://bit.ly/3sarq9Q