Esta é uma história sobre a sabedoria de Ganesha, sua devoção à mãe e a rivalidade que existia entre ele e seu irmão mais novo.
Nunca existiram irmãos mais diferentes. Kartikeia, o filho menor de Shiva e Parvati, é muito bonito – e ele sabe disso! Alto, elegante e atlético, Kartikeia é o deus da Guerra e domina o uso de todas as armas. Como a maioria dos garotos, ele é vaidoso e se preocupa muito com a aparência e as habilidades. Muito apropriadamente, seu animal e símbolo é o pavão, a ave mais linda de todas e também o pássaro nacional da Índia. Kartikeia sempre gostou de jogos e concursos energéticos, onde ele podia competir com outros deuses, especialmente com seu irmão mais velho e, é claro, ganhar.
Um dia, Kartikeia provocou o seu irmão gordinho e o chamou para uma corrida! Ganesha já estava acostumado com os modos do irmão, então sorriu e continuou a ler o seu livro.
– Veja, mãe – reclamou Kartikeia – ele não faz nada a não ser descansar a tromba sobre um livro, o dia todo. Diga-lhe que nós, os deuses, temos de voar por aí e patrulhar este mundo de vez em quando. Eu voo o tempo todo no meu pavão. Vai ver que eu sou um deus melhor do que ele.
– Vamos ver – foi a resposta de Parvati. E ela deu um pequeno teste aos filhos. Ela pediu aos dois que dessem uma volta ao redor do universo e, aquele que chegasse primeiro, seria o vencedor e ganharia dela uma bênção especial.
Kartikeia deu pulos de felicidade.
– Vou montar já já o meu pavão e voltarei sem demora! – ele se vangloriava, rindo-se ao imaginar Ganesha montado no camundongo. Ele ia levar milhões, ou bilhões, quem sabe, zilhões de anos para dar a volta pelo universo.
– Você pode desistir agora mesmo, se preferir – disse Kartikeia ao irmão, – porque não existe a menor chance de que possa ganhar!
Dando um alegre adeus, Kartikeia partiu no seu pássaro colorido. Ganesha se sentou e pensou calmamente por uns minutos. De mãos postas, ele abaixou a cabeça e orou à deusa Parvati. Então, montou no seu rato e, muito devagarinho, cheio de dignidade, ele começou a dar uma volta ao redor da sua mãe.
Kartikeia levou um dia e uma noite para dar uma volta inteira pelo universo. E voava tão rapidamente que mal viu os planetas, as estrelas e os satélites, passando por ele como um raio. Por fim, feliz e orgulhoso, Kartikeia se apresentou à mãe, certo de que era o vencedor.
– Mas, Kartikeia, foi seu irmão quem venceu! – disse Parvati. A deusa sabia que seu filho menor precisava de uma lição para crescer.
– Sua velocidade foi menor que a sabedoria dele, filho!
Kartikeia mal podia acreditar no que ouvia. Teria ouvido bem? Mas ele sabia que sua mãe sempre falava a verdade. Então, ele se virou para Ganesha e perguntou, curioso:
– Como foi que você conseguiu? Como pôde dar uma volta tão rápida, pelo universo, com este rato?
– Irmãozinho, nossa mãe, que nos deu à luz e nos cria e protege, também é a Criadora de tudo e de todos no universo. O sol nasce no leste, as estrelas brilham à noite, os pássaros cantam, os rios correm, e tudo isso só porque nossa mãe o deseja. Quando você vê pessoas, animais, árvores, montanhas e até mesmo deuses, deve se lembrar da grande Mãe que tudo criou. Todos nós somos parte dela. Ela é o universo! Portanto, eu apenas dei uma volta ao redor dela. – explicou Ganesha.
– Vou montar já já o meu pavão e voltarei sem demora! – ele se vangloriava, rindo-se ao imaginar Ganesha montado no camundongo. Ele ia levar milhões, ou bilhões, quem sabe, zilhões de anos para dar a volta pelo universo. – Você pode desistir agora mesmo, se preferir – disse Kartikeia ao irmão, – porque não existe a menor chance de que possa ganhar!
Dando um alegre adeus, Kartikeia partiu no seu pássaro colorido. Ganesha se sentou e pensou calmamente por uns minutos. De mãos postas, ele abaixou a cabeça e orou à deusa Parvati. Então, montou no seu rato e, muito devagarinho, cheio de dignidade, ele começou a dar uma volta ao redor da sua mãe.
Kartikeia levou um dia e uma noite para dar uma volta inteira pelo universo. E voava tão rapidamente que mal viu os planetas, as estrelas e os satélites, passando por eles como um raio. Por fim, feliz e orgulhoso, Kartikeia se apresentou à mãe, certo de que era o vencedor.
– Mas, Kartikeia, foi seu irmão quem venceu! – foram as palavras de Parvati. A deusa sabia que seu filho menor precisava de uma lição para crescer. – Sua velocidade foi menor que a sabedoria dele, filho!
Kartikeia mal podia acreditar no que ouvia. Teria ouvido bem? Mas ele sabia que sua mãe sempre falava a verdade. Então, ele se virou para Ganesha e perguntou, curioso:
– Como foi que você conseguiu? Como pôde dar uma volta tão rápida pelo universo, com este rato?
Kartikeia logo compreendeu o que o irmão tentava lhe dizer e teve vergonha do orgulho e da empáfia que sentira. Humildemente, ele pediu perdão a Ganesha e, então, cumprimentou reverentemente Parvati.
– Mãe, a senhora também me perdoa? A senhora é tão adorável e eu tão jovem e tolo, que penso que é só minha e de mais ninguém. Esqueci-me de que a senhora é a Mãe universal!
– Parvati abriu os braços graciosos e abraçou ternamente os dois deuses, dizendo-lhes:
– Meus filhos, os dois ganharam. O amor de uma mãe é dado incodicionalmente e não existe criança que não receba as bênçãos de sua mãe. Ambos têm as minhas bênçãos. E que vocês possam, em troca, retribuir o que receberam espalhando amor a todos os que os chamarem pedindo ajuda.
Contos e fábulas são ótimas formas de assimilação de conteúdo. A partir da mensagem que a história nos traz, lembramos as características principais das personagens como, neste caso, a sabedoria de Ganesha. Dessa forma, no futuro, mesmo que não nos lembremos os detalhes do conto, lembraremos da mensagem que o conto queria passar.
Os contos e fábulas também ajudam na nossa autotransformação e trabalho de questões internas, sempre de uma forma mais lúdica.
Além disso, são ótimos para contação de histórias. As crianças adoram!
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