Paramahansa Yogananda, grande mestre indiano da ciência da meditação científica iogue, recebeu de sua linhagem de gurus uma incumbência: vir ao Ocidente e ensinar sobre a unidade de conhecimento que há entre Bhagavan Krishna e Jesus Cristo.
Procurando seguir os passos de seu Mestre, Swami Sri Yukteswar, Yogananda visou entrar em contato com Cristo durante suas práticas de meditação profunda e beber de suas mesmas fontes para ir além das interpretações comuns desse grande mestre, mostrando a sabedoria iogue que Jesus também tivera acesso nos anos em que esteve pela Índia.
Em toda obra de Yogananda, esse paralelo de comparação entre Krishna e Cristo se encontra presente, mas – em especial – em dois importantes livros: A Yoga de Jesus e A Segunda Vinda de Cristo. As mais importantes passagens dos evangelhos cristãos são explicadas, nessas obras, à luz da yoga. Separamos algumas delas para você, contidas no livro A Yoga de Jesus:
“E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo: Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus.” (Mateus 5:2-3)
Enquanto ensinava, Jesus fez com que suas sagradas vibrações e divina força vital emanassem através de sua voz e de seus olhos, difundindo-se sobre os discípulos, tornando-os tranquilamente sintonizados e magnetizados, capazes de receber a plena medida de sua sabedoria por meio da compreensão intuitiva.
“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos” (Mateus 5:6)
As palavras “sede” e “fome” estabelecem uma metáfora apropriada para a busca espiritual do homem. Primeiro, precisamos ter sede pelo conhecimento teórico de como alcançar a salvação. Depois de saciada essa sede ao aprendermos a técnica prática para efetivamente entrar em contato com Deus, podemos então satisfazer a fome interior da Verdade, banqueteando-nos diariamente do divino maná da percepção espiritual resultante da meditação.
“Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia” (Mateus 5:7)
A misericórdia é uma espécie de angústia paternal diante das imperfeições de um filho que incidiu no erro. É uma qualidade intrínseca da Natureza Divina. A história da vida de Jesus está repleta de relatos de uma misericórdia divinamente manifestada em suas ações e personalidade. Nos sublimes filhos de Deus que alcançaram a perfeição, vemos revelado o oculto Pai transcendente assim como Ele é.
“Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra” (Mateus 5:5)
A humildade e a mansidão criam no homem uma receptividade ilimitada para conter a Verdade. Como diz o provérbio “pedra que rola não cria limo”, um indivíduo orgulhoso e irascível rola encosta abaixo a montanha da ignorância e não retém nenhum “limo” de sabedoria, enquanto as almas mansas, permanecendo em paz no vale da vívida boa vontade mental, acumulam as águas da sabedoria que flui de fontes humanas e divinas, para nutrir seu florescente vale de qualidades espirituais.
“Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5:9)
Os verdadeiros pacificadores são os que geram a paz em sua prática devocional da meditação diária. A paz é a primeira manifestação da res- posta de Deus na meditação. Aqueles que conhecem Deus como Paz no templo interior do silêncio e que lá reverenciam esse Deus de Paz são, por meio desse relacionamento de comunhão divina, Seus verdadeiros filhos.
“Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5:10)
A bem-aventurança de Deus visitará as almas que suportam com equanimidade, por fazerem o que é correto, a tortura da crítica injusta dos falsos amigos, e também dos inimigos, e que permanecem livres da influência dos maus costumes ou hábitos prejudiciais da sociedade. Um devoto íntegro não se curvará diante da pressão social para que beba, somente por estar numa reunião em que são servidos coquetéis, mesmo quando os demais zombem dele por não compartilhar de seu gosto. A retidão moral traz a zombaria de curto prazo mas o regozijo a longo prazo, pois a persistência no autocontrole produz bem-aventurança e perfeição. Um eterno reino de alegria celestial, a ser desfrutado nesta vida e além dela, é o que recebem aqueles que vivem e morrem conduzindo-se de acordo com o que é justo.
Pessoas mundanas que preferem as indulgências sensoriais ao contato com Deus são os verdadeiros tolos, porque ao ignorarem o que é correto – e portanto bom para elas – têm de colher as consequências. O devoto íntegro procura aquilo que é benéfico para ele no mais elevado sentido. Aquele que abandona os costumes levianos do mundo e suporta de bom grado o menosprezo que os amigos sem visão expressam por seu idealismo demonstra que está apto para a infindável bem-aventurança de Deus.
Conheça os livros:
Em A Yoga de Jesus, Paramahansa Yogananda tece uma leitura muito ampla dos evangelhos do mestre da Galileia, apontando para a unidade de conhecimento espiritual existente entre o Oriente e o Ocidente. A missão do indiano no continente americano, designada pelos mestres que o antecederam na sua linhagem, foi justamente a de mostrar a Verdade Única que reluz na intimidade dos ensinamentos de todas as verdadeiras religiões. Enquanto aprofunda a compreensão dos ensinamentos de Jesus, Yogananda traça um paralelo dos evangelhos com a sabedoria contida na bíblia do hindus, o Bhagavad Gita, de onde fluem os elevados ensinamentos de Sri Krishna, considerado o Cristo do Oriente. Nas passagens bíblicas citadas por Yogananda ao longo do livro, percebe-se que Jesus não só conhecia yoga, como também ensinou essa ciência sagrada, de realização divina, a seus discípulos mais próximos. A Yoga de Jesus é uma compilação da famosa obra do autor intitulada A Segunda Vinda de Cristo: a Ressurreição de Cristo Dentro de Você, fundamental para todos os que querem compreender em profundidade os ensinamentos de Jesus e sua aplicação prática para os dias de hoje na construção de uma Cultura de Paz.
Alguns dos temas apresentados: Os “anos desconhecidos” que Jesus passou na Índia •A antiga ciência da meditação: como tornar-se um Cristo • O verdadeiro significado do batismo • De que modo os princípios e métodos da yoga são equivalentes aos ensinamentos dos maiores santos e místicos cristãos.
Sobre Jesus, disse Yogananda: “Ele ensinou a ciência completa da yoga, o caminho transcendente da união divina por meio da meditação.”
Trilogia de uma das mais importantes obras do mestre iogue Paramahansa Yogananda. Nela, ele explica os evangelhos de Jesus sob o ponto de vista da Yoga, procurando apresentar a simbologia mística que existe por trás de toda a vida desse grande Mestre da Humanidade. As conhecidas parábolas cristãs tornam-se facilmente compreendidas nas sábias palavras de Yogananda que esteve, inclusive, visitando a terra santa – onde pode comprovar, de perto, a veracidade presente na história de Jesus. O prefácio, escrito por Sri Daya Mata – discípula direta de Paramahansa Yogananda – já dá uma ideia do valioso conteúdo deste livro: “É minha esperança e minha oração que, neste novo milênio, a publicação há muito esperada de meu guru, “A Segunda Vinda de Cristo’, acenda a chama do amor divino no coração de todos os que leram estas páginas. A mensagem deste livro ilumina o caminho universal que recebe e abraça pessoas de todas as raças, nacionalidades e religiões. Que a extraordinária verdade e inspiração apresentadas nestes volumes ajudem a conduzir o mundo a uma era iluminada de paz, união, fraternidade mundial e comunhão com nosso único Pai- Mãe-Amigo-Amado Deus.”